Foto matéria sub-13 feminino

O título desta matéria é uma frase da atleta Sub-13 Letícia, pivô do COC/CID Sobradinho, e resume a importância de todos os envolvidos com o esporte no DF dedicarem atenção ao basquete feminino. Letícia ainda completa, com visão e maturidade: “os homens e todos que puderem precisam olhar de forma especial para o basquete feminino.”

Da mesma equipe, a armadora Milena declarou seu objetivo: “gosto de jogar, me sinto bem no basquete e vou levar mais pra frente.” A outra armadora do time, Ana Clara, avalia que a “comunicação em quadra é uma das coisas mais importantes do basquete” e que “tem que fazer mais jogos nas escolas”.

A FBDF ouviu essas declarações na rodada do último fim de semana da LBB – Liga de Basquete de Brasília, após a partida entre COC/CID Sobradinho e Marista Champagnat, realizada no Colégio Santa Dorotéia.

A LBB é a responsável pela manutenção, ao longo de 17 anos, dos jogos para as categorias iniciantes do basquete no DF. Segundo Marco Costa, o Marcão do Marista, um dos líderes da Liga, “a LBB é fruto da dedicação de professores que doam tempo e conhecimento para fazer com que o basquete ocupe um lugar de destaque na vida de crianças e jovens”. Sob o lema Educando pelo Esporte, “a LBB vem oferecer à comunidade do Distrito Federal eventos que se preocupam em manter e fortalecer o sonho do esporte como meio de formação integral do ser humano”, reforça Marcão. A LBB conta com a chancela da FBDF para as competições Sub-12 e Sub-13 e, neste ano, a Federação assegurou a premiação para os campeonatos.

Em síntese, podemos extrair das declarações sinceras e emocionadas das meninas – e também espírito da LBB – lições importantes para nosso trabalho em relação ao basquete feminino. A primeira é que o basquete feminino, no atual estágio, realmente necessita de atenção especial, diferenciada mesmo em relação ao masculino. Também é fundamental melhorar o processo de comunicação entre todos os que podem contribuir e, consequentemente, potencializar a participação de entidades, técnicos, atletas, escolas, Governo e parceiros. Precisamos, ainda, dar às atletas condições para avançar na modalidade, evoluir para o desporto de rendimento. E, por fim, precisamos de doação e determinação para colocar o basquete feminino num patamar melhor do que o atual.

A FBDF havia mapeado essa carência do basquete feminino e tem esse segmento como uma das prioridades da gestão. Em termos práticos, será estruturado um projeto denominado “Revitalização do Basquete Feminino”, com ações ainda em 2013, mas com foco maior no próximo ano.